terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Os registros estão lá...

Acredito que este artigo possa exemplificar melhor o que disse no ultimo, sobre onde os caminhos do desenvolvimento profissional e pessoal se cruzam. E para isto quero utilizar uma das ultimas edições da Veja, que fala sobre o funcionamento da memória.
De inicio quero me valer de uma metáfora. Imagine um computador pessoal, quando ele é comprado tudo está praticamente virgem, sim praticamente pois para que ele funcione adequadamente alguns testes já vem feitos de fabrica. E no momento em que o adquirimos ai sim nós o personalizamos com os programas que nos são mais importantes porém há algo que é comum a todos o sistema operacional. Todos nós nascemos também com um sistema operacional capaz de executar uma série de operações sem que necessariamente se receba um comando para isto.
Assim nos comportamos também, nosso corpo não precisa de comando para equalizar a temperatura do corpo, tampouco para que lhe diga em quais momentos deve respirar ou piscar os olhos para lubrifica-los e uma serie de outras ações como fazer as trocas necessárias no momento da respiração, ou mesmo quando segregamos algum tipo de hormônio. Certo que alguns podemos controlar, mas normalmente estas ações e movimentos acontecem de forma automática. Assim como um computador então estamos prontos para operações complexas, o hardware (equipamento) e o software básico (sistema operacional) se encontram prontos, basta apenas começar a instalar os demais softwares (programas). Programas para os mais variados fins. E na medida que eles são instalados o computador vai se diferenciando dos demais.
Duvido que encontremos um computador exatamente igual ao outro, tanto em programas quanto em arquivos. E são estes programas e arquivos que além de diferencia-lo farão também com que o seu desempenho seja melhor ou pior se comparado a outros.
Assim também acontece conosco em relação ao conhecimento que retemos e a forma como o aplicamos, isto pensado no caso dos programas. Se os programas são originais o desempenho é um se são piratas o desempenho é outro, da mesma forma conosco, se aquilo que apreendemos foi bem elaborado, um desempenho se mal, outro.
Se faltaram arquivos o programa pode travar o funcionamento do micro, conosco não é diferente, que já não travou algum dia?. No caso dos arquivos podemos fazer uma analogia diferente. Dependendo do arquivo ele pode melhorar o desempenho de outros, ou danifica-los, assim como o computador nós desenvolvemos uma forma de funcionamento.
Os relacionamentos são como chaves com as quais podemos abrir ou fechar o mundo a nossa volta. E como a memória pode interferir neste processo?. Desde o momento da concepção nós registramos os acontecimentos que permeiam a nossa vida. Uns terão um impacto maior que os outros e a forma como este impacto irá atuar na nossa vida dependerá exclusivamente da carga emocional que o acompanhará.
Um exemplo simples, no caso do relacionamento de casal que podemos transferir para o ambiente de trabalho:
Imagine um homem ou uma mulher que tenha tido muitos relacionamentos (dezenas, centenas... sabe-se lá) e o outro com poucos relacionamentos ou quase nenhum, quais as chances deste em relação ao outro?. Pequenas ou quase nenhuma.
Sim pois é como se já viéssemos com uma enciclopédia de possibilidades e o outro com apenas um livrinho. Transfira isto para o ambiente de trabalho, alguém que já tenha tido dezenas de chefes ou supervisores e que receba alguém que venha com novas idéias, esta será sem dúvida uma tarefa muito árdua para quem esta chegando, pois terá de provar algo o tempo todo.
E se imaginássemos um caso de alguém que sofreu um trauma muito grande no passado, não importando qual seja, e que neste momento se encontra numa situação semelhante, o que pode acontecer... Que ele reaja da forma como está acostumado. E se a forma não for a mais adequada para a situação, isto certamente causará um impacto no outro e na pessoa novamente.
Num próximo artigo trarei mais sobre isto mas por hora podemos refletir sobre como o desenvolvimento pessoal é importante para o desenvolvimento pessoal.
Até o próximo.
J. Carlos Froes

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Onde o desenvolvimento pessoal e o profissional se cruzam...

É muito comum que se discuta o desenvolvimento profissional sem levar em consideração o pessoal.
Existem milhares de técnicas que são disseminadas sobre como se portar, vender, atender, liderar, se relacionar com o outro, encantar o cliente, fidelizar, e tantas outras que encheriamos esta página facilmente..
Mas a pergunta que sempre fica é: Primeiro olhamos para o profissional, ou para o homem
? O que tenho percebido em todos estes anos de trabalho, é que normalmente no mercado o que se busca é uma boa técnica, de forma que as pessoas possam apenas executar sem ter que pensar muito. Acredito que esta não seja a receita mais adequada, ou talvez possamos até mesmo contestar as receitas. As receitas são boas quando as situações são repetitivas, mas nos relacionamentos o que podemos determinar como situações repetitivas. Muitas vezes as situações parecem ser repetitivas, mas no fundo elas são apenas referencias de algo já vivido. Não existe uma situação que possa se repetir em toda sua complexidade de detalhes. Sim pois até mesmo numa situação corriqueira, os detalhes mudam completamente, e por conseguinte a situação como um todo. Se tomarmos isto como possibilidade apenas talvez seja possível um teste. Estar mais atento às situações, por mais corriqueiras ou rotineiras que sejam e perceber as mudanças que acontecem de um momento para o outro. Se fizermos deste um exercício constante, atentando não apenas para os detalhes externos mas também para os internos talvez seja mais fácil encontrar outras possibilidades de atuação ou de solução. E o que vem a ser estes detalhes internos; a forma como nos encontramos no exato momento em que uma determinada situação acontece ou se repete. Talvez com esta percepção seja mais fácil adotar uma postura sem que tenhamos que sempre fazer as coisas do mesmo jeito. Rotinas são excelentes para processos técnicos, mas nos processos humanos, que envolvem os relacionamentos as receitas podem ser apenas uma vaga referencia que em alguns casos talvez não tragam os resultados esperados. Aqui é que o desenvolvimento pessoal precede o profissional. Existem inúmeras situações onde as estratégias não nos servem para nada. Minha sugestão é que tenhamos as técnicas, pois sem as referencias fica mais difícil, mas que nunca nos esqueçamos que é possível oferecer mais do que isto. Saber como nascem as técnicas pode ser de extrema utilidade e assim quem sabe utilizar mais as capacidades e potencialidades de cada pessoa seja qual for a situação. Confiar no humano e na sua capacidade de ação e superação.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Olá

Resolvi criar este blog para falar um pouco mais sobre meu trabalho e o universo que o cerca.

Trabalho com desenvolvimento pessoal e profissional e os assuntos envolvidos neste universo são fascinantes.

Espero que ao longo do período em que estaremos juntos possamos discutir muito sobre eles, e que este espaço possa oferecer a mim e a você uma grande oportunidade de crescimento.
José Carlos O. Froes.