quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Liguei pra ele... minha conversa com o Papai Noel...

Liguei pra ele...

Minha conversa com o Papai Noel...
Ano novo, festas, promessas, pular as ondas, e tempo de sonhar.

Acho incrível a habilidade que temos para reservar um momento especial para sonhar.


Me diga se não é verdade que a época de final de ano é um período onde os sonhos estão em alta.


Deixamos que nesta época transpareçam os nossos desejos mais profundos.


É ótimo, mas e durante o ano todo o que fazemos com a nossa capacidade de sonhar e desejar o melhor para nós e para todos aqueles com quem nos relacionamos?


As vezes me pergunto porque não podemos manter esta chama acesa durante o ano todo.


Sabe não sei se você sente algo diferente no ar durante o mês de dezembro...


Pensei seriamente no presente que pediria ao Papai Noel neste ano e cheguei a uma conclusão... vou pedir para que todo mês seja Dezembro.


Liguei para ele... estava ocupadíssimo afinal é Dezembro, mas ele resolver me ceder um pouco do seu disputadíssimo tempo e então fiz o meu pedido:
Papai Noel eu desejo que todos os meses sejam Dezembro...


Ele ouviu meu pedido atentamente e me perguntou no que eu estava pensando quando resolvi fazer este pedido.


Disse a ele que achava interessante pois assim as pessoas poderiam continuar sonhando e desejando o melhor durante o ano todo... e que desta forma a vibração que sentimos no ar iria se tornar permanente...

De antemão eu sabia qual seria a resposta...


E ele me disse...


O que você me pede é impossível... me falou dos treinamentos.. do meu trabalho e me lembrou de algo que eu constantemente digo as pessoas...


Nunca deposite no outro algo que somente você pode fazer...


Algumas coisas dependem do outro, mas o principio está em você...


A mudança nunca começa em algo, mas em alguém...


Os nomes, meses, ou enfeites são apenas uma alegoria, o que realmente importa é aquilo que criamos...


Me disse também que não é o mês que faz algo, mas o estado de alguém é que faz....

Me falou que a beleza e a felicidade são estados que não estão apenas ou na chegada... que a intensidade está no caminho... e que as vezes nos esquecemos disto...


Me falou que nos entristecemos com aquilo que planejamos e não deu certo, mas que nos esquecemos daquilo que fizemos... que somente aquilo que é possível nos conforta e nos traz a paz, e que o resto é ilusão... que se ainda não foi feito é porque não foi possível... ou por falta de recursos, ou porque planejamos mal... disse que portanto é bom ter consciência dos recursos que temos e da forma como temos planejado as coisas... me sugeriu que fizéssemos um projeto escrito... e que se queremos muito algo é importante fazer algo...


E pasmem... sabe a frase que ele utilizou...:


Meu caro.. quem tenta não consegue... consegue aquele que se desafia..

.
Me falou que devemos dar tempo ao tempo...


Me sugeriu que nos sentássemos ainda este ano e colocássemos lado a lado aquilo que conseguimos conquistar e aquilo que não conseguimos e que fossemos justos no momento de pesar e refletir sobre isto...


Disse também que percebêssemos que algumas coisas não fizemos por medo, insegurança, por padrões ultrapassados , mas que outras foram por amor.. porque abrimos mão de nosso tempo por amor a alguém...


E me pediu ainda que pudesse passar a frente nossa conversa...


Bem, tudo que pude fazer foi agradecer e me comprometer comigo mesmo que passaria a frente este conhecimento...

E assim percebi que cada mês traz sua importância... que com eles vem as estações do ano, os aniversários, as datas especiais, e devo admitir que a vibração não tem a ver com mês mas com o estado que conseguimos promover em nós mesmos...


Que venha janeiro.. fevereiro.. março... e todos os outros...
Quem sabe possamos manter esta chama acesa... (há ele pediu que repassássemos isto)

J. Carlos Froes

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Que bom que eu sei....

Se o castor soubesse...
Os castores são bichinhos muito interessantes...
Tem um jeito todo especial de cuidar da sua família e proteger a sua prole.
Seus filhotes nascem cegos e, portanto necessitam de cuidados muito maiores no inicio... Na maior parte das vezes a mãe os carrega na boca de um lado para o outro.
A vida do Castor esta intimamente ligada ao rio... Eles têm uma relação extremamente estreita, simbiótica como o rio.
É do rio que eles retiram seu alimento, sua alimentação e segurança vem dai.

Mas muito especiais os castores permanecem lutando uma vida inteira contra a força do rio.
Com muito esforço constroem suas barragens, e elas devem ser fortes para conter a força do rio, e no remanso que se forma após o dique ficam suas tocas.
Eles as protegem com a lama do rio de forma a criarem tocas seguras. E quando ele olha para a sua toca certamente pensa
“ Ela pode ser segura o quanto for mas se o dique não for forte...”

Constroem e dão permanente manutenção à barragem.. pois se a barragem não for forte, sua casa cai.
Uma coisa que o castor se esquece é da força do rio.
O rio é forte e muito, e sua força vem de longe.

A força do rio é antiga, bem mais antiga que a vontade do castor.
Ele briga com esta força, quando poderia se entrega a ela.
Os castores vivem num constante desafio com o rio... e talvez um dia ele possa se entregar a esta força.. e seguir o rumo natural.
Se você perguntar ao castor quando ele se decidira ele certamente dirá que é difícil.
A força de um se sobrepõe ao outro... e um dia talvez ao se entregar a esta força não haverá necessidade de barrá-la, podendo usufruir melhor...
Ele poderia muito bem se entregar a esta força e descer a favor da correnteza, e certamente ele enfrentaria muitas dificuldades, mas haveria um momento onde tudo ficaria muito mais leve.
Em todo rio sempre há um remanso, um lugar para onde a força da correnteza nos direciona a um remanso.

Neste remanso há descanso, paz e com certeza lá, neste remanso nesta paz um ponto onde a existência é mais leve, mais fácil.
Há se o castor soubesse...
Assim permanecemos muitas vezes, numa luta incessante, sem que olhemos para esta força que vem de longe.

Como na historia do castor uma força que vem da infância, ou da família, e que muitas vezes insistimos numa luta desigual sem a coragem de nos entregarmos ao movimento.

Difícil as vezes se entregar a esta força e caminhar com ela.
Uma força que nos direciona para um remanso, para um lugar de paz.
As vezes declaramos que não é o momento. Ainda não.

E ficamos assim nesta luta desigual e vivendo em meio a uma grande ilusão.

Sim uma ilusão que funciona como todo mecanismo de defesa, teoricamente nos afastando, mas na realidade nos jogando o tempo todo em direção a algo.

Um exemplo disto:
Siga este comando – Não pense num elefante. Não pense num elefante. Este não é o momento de pensar em um elefante. Pense em qualquer coisa menos num elefante.

Pronto... Temos agora instalado em nossa mente um lindo elefante.... cheio de vida e forte....

Assim com as coisas que dizemos – Ainda não quero olhar para isto! Ainda não é o momento de olhar para isto....

Lembre-se de nosso ultimo texto sobre os ursos....

Entrar em algo... entregar-se à esta força... olhar... vivenciar... e ai sim... sair e aproveitar....

O movimento do crescimento... a coragem de seguir esta força... se entregar a esta força... caminhar com ela apesar de entender o quanto ela pode nos custar.

Os castores não sabem, mas que bom que nós sabemos...
Ao final um remanso, a paz e a leveza.
Deixe o seu comentário....
J. Carlos Froes

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Permanecer ou não em meio a tempestade

Os ursos sempre voltam...

No inverno os ursos para se protegerem entram numa caverna, desaceleram, seu metabolismo cai e eles quase param...
Ficam ali.. Reunindo suas forças... E se protegendo.
Há um momento onde o recolhimento é importante.
Se protegem durante um bom tempo...
Vários animais vem até a entrada da caverna dos menores aos maiores... Alguns até mesmo zombam dele. E ele permanece ali no seu silencio.
Sabe que o tempo age ao seu favor.
Ele apenas observa...

Eles gritam...
Ei.. você não é o forte...? Onde está você?.. Por acaso tem medo...?
Muitos fazem isto...

O urso..?
Ele se mantém fiel ao seu propósito...
Ele se protege... Permanece ali... Quieto...
O tempo passa ele se protege...

E quando surgem os primeiros raios de sol, ele sente que a vida novamente lhe invade.

Agora o frio e o torpor dão lugar a vida...
O sol lhe aquece.. Derrete a neve que lhe congelava o espírito...

Ele ressurge... Novamente está presente..
Sai e dá um grande rugido para o mundo...
Ele sabe a hora de se recolher.. E reunir as suas forças..

E sabe também a hora de demonstrá-la...

Os outros se aproximam, mas agora, há respeito... Sua força traz este respeito!

As vezes devemos fazer como os ursos.. Dar uma paradinha e respirar um pouco.
Nos recolhermos aos nossos pensamentos, sentimentos e sensações mais profundas...

Sair um pouco do lugar comum, de tudo aquilo que é rotineiro, para poder olhar com muito mais profundidade para as coisas da nossa vida.

Às vezes o enfrentamento continuado da lugar a um vazio existencial, e assim nos sentimos fracos e sequer podemos medir o avanço ou retrocesso que temos ou tivemos.

A parada para uma analise mais profunda é saudável, as grande estrelas são geradas no caos, mas para observar o seu tamanho é necessário que se esteja fora, ou seja, no meio da tempestade somos parte dela.

Ser parte da tempestade o tempo todo desgasta, cansa, machuca demais, um lugar onde não há solução.

Mas com este processo devemos estar atentos para não cair na grande armadilha que é deixar de avançar.

Devemos constantemente sair do recolhimento e verificar o quanto nos encontramos fortes, e ai cabe bem o refrão de uma musica do Jota Quest que traduz isto de uma forma bem interessante:

“Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino,
Viver é uma arte um oficio, só que precisa cuidado,
Pra perceber que olhar só pra dentro é o maior desperdício,
Porque o seu amor pode estar do seu lado.
O amor é o calor que aquece a alma.
O amor tem sabor pra quem bebe a sua água.”
Jota Quest

Se continuamos um movimento e permanecemos dentro deixamos de perceber muitas coisas, se paramos o movimento e ficamos na inércia o mesmo acontece, polarizamos.

Quando polarizamos algo ficamos num processo dicotômico que nos impede de crescer, onde somente existe o sim ou o não e nunca um talvez.

Entrar, sair, entrar novamente e sair novamente, assim seguimos um movimento natural.

J. Carlos Froes

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Toda escolha tem seu preço... Aceitação x Aprovação....

Toda escolha tem seu preço...
Indiscutível que cada vez que fazemos uma escolha nesta vida instantaneamente surja o seu preço.
Mas a partir de onde fazemos as escolhas mais importantes nesta vida?
Quais são os critérios que adotamos quando tomamos uma decisão?
Os critérios que determinam nossas escolhas mais importantes surgem a partir daquilo que foi estabelecido como um script em nossas vidas.
Eric Berne nos desenvolvimento do seu trabalho denominou como scrip ou roteiro de vida o plano pré consciente que governa os destinos de uma pessoa.
Ele propõe que o comportamento disfuncional na verdade é o resultado de decisões auto limitantes estabelecidas desde a mais tenra infância.
Muitas vezes o aprendizado da criança acontece não pelo pensar mas pelo sentir, e isto pode gerar uma serie de limitações, crenças, valores e padrões de comportamento.
A forma como uma criança toma o mundo ao seu redor e a maneira como ela utilizara isto depende muito de como ela sentiu aquilo que lhe foi transmitido, e fica possível imaginar que nem sempre o resultado será satisfatório a esta criança na sua fase adulta.
Desta forma esta criança atravessa sua adolescência, juventude e até mesmo a fase adulta muitas vezes com um sentimento, pensamento ou sensação que se encontram desatualizados.
Na maioria das vezes isto o conduzira a um comportamento também desatualizado fazendo com que suas atitudes causem estranheza ate mesmo à própria pessoa, onde muitas vezes ele próprio nem consegue determinar a sua causa.
Segue-se então um roteiro ou um script sobre o qual muitas vezes nem se tem a noção.
Desta forma fica difícil a própria pessoa saber qual o futuro que a aguarda, sentindo-se assim enredada pelas malhas daquilo que convencionamos a chamar de destino.
Na maioria das vezes este comportamento se torna como uma arma que ao meso tempo em que a defende de algo também a exclui a começar pela própria família.
Segue-se então um processo de expiação enorme onde a culpa e a inocência caminham de mãos dadas, e neste processo a identificação com a vítima se generaliza.
É muito comum que se busque no desenrolar deste roteiro uma aceitação total, o que acaba por gerar uma enorme confusão entre aceitação e aprovação.
O grito é por aceitação quando no fundo aquilo que ele espera é aprovação.

Aceitação, aprovação e desaprovação são muito distintos, mas movido pelo seu roteiro e tudo aquilo que de alguma forma lhe é pré- determinado na maioria das vezes impedem que esta distinção seja feita.
Busca-se aceitação quando na verdade o que espera é uma aprovação sobre o seu comportamento, ficando assim limitado e infeliz com a situação em que se encontra até que se reconheça isto.
Nem sempre as pessoas irão aprovar aquilo que fazemos, mas isto não as impede que nos aceitem com tudo aquilo que trazemos ou fazemos.
Quando esta sensação esta vinculada aos relacionamentos amorosos e afetivos fora da família já é muito difícil de suportar em muitas situações, porém quando ela se encontra vinculada à família tudo se torna muito pior.
O medo de ser excluído tendo um efeito muito maior na família em função do vinculo indivisível causa assim também uma pressão e uma tensa muito maior.
Porém nestas horas o ideal é lembrar que há uma diferença muito grande entre aceitação e aprovação ou desaprovação.
A aprovação ou desaprovação é algo muito pessoal, quando aceitação é universal.
Com esta lembrança e esta consciência podemos ir à frente, e buscar um acordo.
Talvez para que este acordo aconteça seja necessário um abrir mão de algo entre ambas as partes, mas certamente será muito mais leve do que a pressão e as tensões vividas.
Deixe o seu comentário.... opine, fale sobre outros temas....
J. Carlos Froes

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Constelações... aquilo que atua aparece....

Constelações... aquilo que atua aparece....
Nos trabalhos com as constelações sistêmicas e familiares, aquilo que atua aparace, fica claro.... e é com este esclarecimento que o cliente pode fazer algo.
Nem sempre aquilo que aparece é compreendido ou aceito pelo cliente, mas são movimentos da alma. Eles estão ali e atuam e somente para aquilo que se mostra é possivel uma solução.
As constelações demonstram que existem forças ocultas que são muito maiores do que podemos supor e nos oferecem ensinamentos profundos sobre os relacionamentos e suas implicações.
Alguns exemplos sobre isto são dados pelo próprio Berth Hellinger em seus livros e nos fazem refletir sobre isto...
Reflita sobre o texto abaixo:

O que torna felizes as crianças?
- As crianças ficam felizes quando seus pais – ambos os pais - estão felizes com elas. E quando é que ambos os pais ficam felizes com a criança? – É quando cada um respeita e ama na criança o seu parceiro (a sua parceira) e se alegra com ele (com ela).

Falamos muito de amor. Mas quando é que o amor se mostra em sua forma mais bela? – É quando eu me alegro com a outra pessoa, exatamente como ela é. É quando nos alegramos com nossa criança, exatamente como ela é.

O poder que os pais percebem ter sobre os filhos – e, sobretudo, as mães o sentem de uma forma
particularmente profunda, na medida em que vivem tanto tempo em simbiose com eles – deve ser vivenciado como uma missão. Não como um poder pessoal, mas como um poder temporário, a serviço da criança.

Algum tempo atrás, num dos meus cursos, compareceu uma mulher, trazendo no colo uma criança de cinco meses. Estava sentada ao meu lado, e eu lhe disse: “Olhe através da criança, para algo que está longe, atrás dela”.

Ela olhou para longe, através da criança. De repente, a criança respirou profundamente e sorriu para mim.

Ela ficou feliz. – Assim, nessa relação que ultrapassa a criança, ambos ficam mais livres: os pais e a criança. Ambos podem ajustar-se melhor à sua própria destinação, alegrar-se com ela, e assim deixam livre o outro, na medida em que isso é necessário.

O que é esse algo distante, para onde a mulher dirigiu o olhar? – É o destino de cada um, o seu próprio destino e o da criança.

É, até mesmo, algo além do destino. É algo que permanece oculto de nós. Em sua presença permanecemos humildes; não obstante, sabemos que isso nos conduz e sustenta de um modo particular.

Berth Hellinger


"Através do filho o homem encontra e honra o seu amor pela mulher, assim como ela o faz... O filho é a grande possibilidade do reconhecimento do amor entre homens e mulheres,.... e ele nada tem a ver com o que eles querem fazer com seu relacionamento no futuro..."

Se você ainda não conhece; procure saber mais sobre o processo das constelações sistêmicas e familiares Você pode deixar aqui o seu comentário ou mesmo me escrever um email....

sexta-feira, 6 de agosto de 2010


Você sempre esteve lá....

Em quase todas as cenas da infância quem está lá é ela...
Na porta da escola, em casa; no dia a dia, no almoço, nas tarefas de escola...
Nas reuniões da escola, nas primeiras cenas do dia...

Sim, quem leva, traz, busca, oferece a comida, acompanha as tarefas...
Na maioria das vezes é ela...

E a noitinha ele aparece...
Quer conversar... as vezes ele a toma de nós... e conversam sobre assuntos que na maioria das vezes nem sabemos quais são...
Nem sempre suas brincadeiras se encaixam... às vezes parece que ele nem está ali...
Raramente olha os cadernos, a tarefa...
Quase nunca vai às reuniões da escola...

E eu, ainda criança, acho que ele não liga muito... para nós...

É... parece que quase sempre ele está longe...
Mas como adulto hoje percebo...
Pai... quem te colocava muitas vezes em segundo plano, era eu...
Era somente o olhar de uma criança...

Hoje sei que quando crescemos a vida cobra um preço...
Ela cobra dos pais... e percebo que quem a via mais próxima era eu...
Cada um paga o preço... e hoje sei o quanto isto te custou...
Mas Pai... é inegável sua presença em mim...
Hoje percebo nas coisas mais simples, nas mais frágeis e também nas mais fortes...
Nos meus valores, crenças... nas tradições da nossa família...
Hoje te reconheço... Reconheço o quanto custou...

Olho lá para trás novamente e percebo...
Você estava sim... Presente... em silêncio, na maioria das vezes...
De longe você olhava... nem sempre o teu jeito de falar era tão suave quanto o dela...
Mas você falava... do seu jeito, você falava...

Brincamos sim, e em quantas coisas você me acompanhou, em quantos momentos, quantas vezes você esteve: ao lado da minha cama, na escola ou olhando para os meus cadernos e tarefas, dando atenção às minhas coisas...
Percebo como você fazia... era do seu jeito...

E entendo hoje... que da mesma forma que ela, você também está aqui...
Sabe qual o dia para lembrar de você?? Todos...

Mas agora, neste momento... fecho meus olhos e caminho em direção ao teu colo...
E quando você agora me abraça, só posso dizer a você, que neste momento sei...
O quanto te custou... e assim quero apenas ficar um pouco no teu colo...
Dizer que te amo... e muito, muito Obrigado...

domingo, 4 de julho de 2010

Assim eu fico bem!!!! - Outra historia de um rei....

Outra historia de um rei....
Em meu trabalho de consultório algumas historias surgem de uma forma natural, e quando isto acontece dou prosseguimento a elas pois sei que dentro do contexto que estou trabalhando elas vão ter um efeito muito produtivo.

Quero compartilhar uma destas que surgiu dentro de um contexto bem especifico e que eu sei que de alguma forma podem oferecer a você que lê este texto agora um momento de reflexão.

Uma pessoa me perguntou algo e instantaneamente esta historia surgiu... vamos a ela:

Certa feita num reino distante, um grande rei se pos a pensar...

E se eu pudesse estender o meu reinado além das minhas próprias fronteiras.

Se eu tivesse mais recursos, poderia fazer isto....

Seria possível conseguir isto..

Mas o rei olha para os recursos que tem e pensa:
E se eu saio para conquistar outros lugares e acabo gastando os recursos que tenho...

O rei então tem uma idéia..
Pedir aos seus súditos que ofereçam uma quantia ao rei..

E assim ele faz...
Reúne os seus súditos e pede a cada um 20 moedas de ouro...

Os súditos então vendem seus animais... grãos e com esforço conseguem levantar as 20 moedas exigidas pelo rei...

E no dia marcado lá estão os seus suditos...
Uma fila imensa se faz e um a um eles vão pagando sua divida... até que num determinado momento um deles entrega ao rei apenas 17 moedas de ouro..

O rei fica furioso e pergunta a ele:
Você é louco...
Você não entendeu que hoje você deveria me entregar 20 moedas de ouro...

Ele responde:
Sim meu rei eu entendi, mas possuo apenas 17 moedas de outro...

Você não me entendeu... eu exigo 20 moedas de ouro.. afinal você vive em meu reino minhas terras...
Sempre usufruiu de tudo em meu reino e agora que te peço algo você não faz...

Meu rei eu tenho apenas 17 moedas de ouro...

Você é louco.. ainda não entendeu... eu quero 20 moedas e não 17...

Diante da furia do rei o súdito pergunta a ele...

Meu rei... ainda tenho a roupa que está no meu corpo.. quando você me dá por ela...

O rei avalia suas roupas... as botas... e oferece então uma moeda de ouro...

O súdito aceita, retira todas as roupas, e nú recebe a sua moeda de ouro, que em seguida entrega ao rei dizendo...:
Pronto meu rei, agora você tem 18 moedas de ouro...

O rei fica mais furioso ainda... e diz..

Você só pode ser maluco... eu disse 20 moedas de ouro e você me entregou 18 apenas...

O sudito então diz ao rei...

Meu rei.. assim eu fico bem...., vira as costas e sai tranqüilamente....

O rei permanece furioso e vê atônito o seu súdito indo embora tranqüilamente....

Como fica o rei... e como fica o súdito....

Verifique... o que acontece com cada um deles...

Faça um comentário sobre o texto... e me escreva falando sobre outros temas...

J. Carlos Froes

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Projeção...
Outro dia conversava com alguém sobre projeção... o quanto projetamos no outro nossos desejos, anseios e vontades.

Se o outro não é capaz de nos dar aquilo que queremos e ou necessitamos, tudo isto ao final acaba por gerar uma insatisfação e um sentimento de frustração enorme.

Esta insatisfação talvez comece apenas como pequeno incomodo que aos poucos se torna uma indignação, ai sim a frustração e por fim... raiva.

As projeções são perigosas porque seguem sempre o rumo daquilo que é ilusório.


E quando elas se transformam em raiva, muito mais difícil de serem trabalhadas.

Há que se cuidar antes que isto aconteça.

E normalmente surgem vários questionamentos....:

Sera que ele não enxerga
?;
Será que não percebe... ?
O que eu posso fazer para que a pessoa possa perceber, enxergar... ?
Como devo fazer para resolver isto...?

Como responder a todas estas questões e acima de tudo o que fazer?

Simples e ao mesmo tempo complexo... Comece por você... o único caminho é este...

Verifique se o que você está exigindo está ao alcance do outro.

Verifique se esta não é uma exigência que hoje ele não pode cumprir...

Verifique se você pode viver sem isto ou com uma parte desta exigência...

Perceba se não é apenas uma projeção de algo seu...


Há uma historia que ilustra bem o perigo da projeção...

Certa vez um rei muito abastado resolveu construir um lindo castelo.. e forra-lo com espelhos...

No chão, nas paredes e no teto...

Não havia móveis... somente espelhos...

Sua idéia era de que as pessoas pudessem ir para lá para se admirarem...

Um lugar tão especial que uma pequena vela acesa no centro do castelo poderia ilumina-lo por inteiro...

Uma pequena luz se transformaria em algo muito poderoso...


Mas algo deu errado....
Uma noite um pequeno cão entrou neste castelo...

Ele se assustou com a quantidade de cães que haviam ali... e assim sentiu muito medo...


Ele latia e milhares de cães latiam... ele avançava e milhares de cães avançavam...


Seu medo que era pequeno no inicio se transformou em algo imenso...

Até que em um momento ele resolveu atacar.... e travou a maior e mais difícil batalha da sua vida...


No dia seguinte as pessoas que foram ao castelo encontraram aquele pequeno cão morto...


Ele perdera a batalha...


Retirado e adaptado do livro "Antes que você morra - Osho"


As pessoas muitas vezes espelham o que fazemos... e aquilo que projetamos só serve para cada um de nós...


Somente aquilo que é real nos leva a frente... tudo mais nos congela... ou nos leva por um caminho perigoso.

Não pelo outro, para mim..., por mim... sempre... Isto é real...


J. Carlos Froes

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Se você andar sempre pela mesma estrada... você chegará sempre no mesmo lugar...

Se você andar sempre pela mesma estrada... você chegará sempre no mesmo lugar...
Ao lermos esta frase a impressão que temos é de que ela é obvia demais.
Sim, pois quem anda por uma estrada... uma única estrada sempre chega ao mesmo lugar... isto mais do que uma frase é acima de tudo uma grande afirmação.
E o que são as afirmações se não algo que é obvio, porém o obvio nem sempre é tão obvio.
Se sabemos disto por que muitas vezes caminhamos sempre pela mesma estrada.
Porque muitas vezes não tivemos opção, não encontramos um retorno, desvio, bifurcação ou seja lá qual for o saída que mude o nosso movimento ou nos tire dela.
Mas num determinado momento surge uma opção, uma possibilidade se apresenta! E se ai então seguimos, é por que no fundo, mesmo que ainda não nos
tenhamos dado conta disto, ganhamos algo.
Cabe aqui uma observação, nem sempre aquilo que ganhamos necessariamente é algo bom, mas certamente pode ser algo que nos alimenta.
Algo com o qual se pode receber algum tipo de carícia ou reconhecimento, mesmo que negativo.
A priori isto aparece como algo conflitante, e ao nos aprofundarmos na questão, veremos que é isto mesmo, Conflito.
Imagine alguém que tenha aprendido a receber carinho e reconhecimento na dor, no desapontamento, na angustia, ou em algo que para esta pessoa é negativo.
Porque ela insiste em fazer sempre do mesmo jeito... Porque ela se alimenta.
Pense agora se isto não acontece conosco em diversas situações.
E é aqui que podemos então discutir um pouco sobre o que é ilusão e esperança.
Você já pensou em qual é a diferença entre ilusão e esperança.
As duas são muito parecidas... sim qual a diferença entre ilusão e esperança...
Ilusão é algo que talvez nunca aconteça...
Esperança também...
Mas o que muda....

Quero oferecer a você agora uma pequena história... sistêmica que pode nos ajudar a refletir sobre esta questão...

Meu destino é carregar algo.....
Havia um pequeno jumento que desde muito cedo foi talhado para o trabalho pesado... forçado...
Desde pequeno ele ouviu do seu dono elogios somente nos momentos em que ele estava CARREGADO...
Como você é bom...
Você é o melhor companheiro para mim....
Você carrega minha carga e isto me alivia... por isto eu te amo você...
Puxa como você é forte...
Sem você o que seria de mim...
Ele sempre carregado e o dono sempre se sentindo leve com a situação...
Nos momentos de descanso, o dono o deixava confinado e saia para sua vida..
Ele estava sempre com os seus... se divertia, passeava, vivia bem...
Nos momentos onde ele precisava de força... lá estava o seu fiel animal...
Assim a vida caminhava...
Juntos nesta caminhada um dia lá estavam eles por uma estrada a tanto trilhada...
Uma estrada longa.. bem longa....
Uma estrada difícil para ambos, cheia de pedras e obstáculos...
A estrada muito difícil, íngreme, mas com uma paisagem exuberante...
Lindos campos dos dois lados....
Campos e pastagens fartas, terra fértil, agua em abundância, sombra e tudo mais que se possa imaginar...
O jumento ali carregado se sentindo o mais nobre de todos...
Seu dono incansável nos seus elogios... mas leve, apesar de uma estrada difícil... ele estava muito mais leve, pois o seu valoroso animal carregava tudo.
Eis que num momento o dono morre.. e o pequeno animal segue carregado pelo mesmo caminho....
Cumpre assim o seu destino...
Ele percebe que algo aconteceu ao seu dono....
Ele havia parado na estrada... mas ele sabia que se continuasse com a carga, esta seria a melhor maneira de honrar ao seu dono...
E assim ele segue... cumprindo seu destino...
Muitas léguas a frente um outro jumento que pastava tranqüilamente no campo... olha para aquele que vem carregado...
O que está carregado percebe o outro também....
O que está carregado pensa... Ele não sabe o que é honrar alguém....
E o que pasta tranqüilamente pensa....

EU ESTOU BEM AQUI.....

Quando tempo este valoroso animal caminhou com esta carga já não sabemos...

Bem e agora talvez valha a pena perceber qual é a pequena diferença entre ilusão e esperança...
Ação....
Boa reflexão....

Obrigado por visitar meu blog... e aguardo seus comentários...
José Carlos O. Froes
A metáfora acima é uma adaptação livre de uma metáfora escrita por Bert Hellinger no seu livro "No centro sentimos leveza"

sexta-feira, 19 de março de 2010

Leader Training - Trabalhando as memórias e emoções...

Memórias e Emoções no Leader Training - Um programa de autodesenvolvimento
Em um dos posts na série sobre mudanças, discutimos como as memórias interferem diretamente no comportamento do indivíduo.

Em mecânica estudamos algo que chamamos de caminho preferencial, um caminho que ofereça a menor resistência.

Podemos utilizar isto como um ponto de partida para algo.

Nossas memórias agem diretamente sobre os caminhos preferenciais em nosso cérebro, ou seja toda vez que algo acontece e que se aproxima de uma referencia vivida ou sentida a ação é a mesma já conhecida.

O comportamento suas preferências e características determinantes para a formação da sua personalidade não nascem de algo criado ou inventado.

Nascem de algo que foi sentido ou vivido. A forma como sentimos e ou vivemos algo pode ser determinante e logicamente a compreensão de algo tem a ver também com a nossa experiência bem como aquilo que determinamos chamar de vivencia.

Vivencia seria um conjunto de pensamentos, sentimentos e sensações que de alguma forma se encontram agrupados e organizados em um determinado período de nossas vidas.

Logicamente que a compreensão, ligada a experiência ou a vivencia tem a ver também com o momento de vida que atravessamos.

Não podemos esperar que uma criança reaja a um fato da mesma forma que um adulto, sendo assim no momento em que um trauma ou evento equivalente aconteçe sua chamada compreensão se determinará de uma maneira bem distinta.

O que que quero dizer com isto fundo, é que aquilo que causa um trauma terá uma compreensão diferente em cada fase da vida.

Sendo assim quando trabalhamos com um evento traumático aquilo que determinará sua intensidade é a carga emocional que é colocada sobre o evento.

Esta carga emocional eventualmente pode ou não gerar padrões de comportamento nocivos à pessoa, dependendo da forma como ela trabalha a questão.

Sendo assim podemos deslocar um evento traumático através do tempo utilizando desta compreensão, visto que para esta vivência o tempo pouco importa.

A ação do tempo sobre a memória vem sendo estudada desde a época de Breuer e Freud:
A desproporção entre a duração de muitos anos do sintoma histérico e a ocorrência isolada que o provocou, é o que estamos invariavelmente habituados a encontrar em neuroses traumáticas. Com grande freqüência, é algum fato da infância que estabelece um sintoma mais ou menos
grave que persiste durante os anos que se seguem.
(Breuer, J. & Freud, Sobre os mecanismos psíquicos dos fenômenos histéricos: comunicação preliminar, 1893, p.44.)

Se tomarmos as ultimas pesquisas sobre a memória percebemos que elas são arquivadas através dos sentimentos.

O conjunto pensamento, sentimento e sensações se torna então algo como um registro holográfico através do qual podemos fazer uma leitura do todo através de um fragmento.

Desta maneira ao trabalharmos com um fragmento deste registro há a possibilidade de se ressignificar o evento segundo a vivencia do agora, ou seja, algo do passado pode ter um novo significado a partir deste trabalho.

Um novo olhar sobre algo sempre abre uma nova possibilidade, e isto que vivencia o LT pode dar como um tetemunho.

Não do que ouviu, mas do que viveu.... e o que foi possível através disto.

Agora quero pedir algo, que tal um registro vivo seu... deixe um comentário... ele será muito bem vindo, por mim e pelos outros que acompanham este blog.

J. Carlos Froes

terça-feira, 16 de março de 2010

Aceitar tudo o mais que nossos pais nos dão

Aceitar tudo o mais que nossos pais nos dão

Na verdade, os pais não dão aos filhos apenas a vida.

Eles nos dão também outras coisas: alimentam-nos, educam-nos, cuidam de nós e assim por diante.


Convém à criança que ela tome tudo isso, da forma como o recebe.

Quando a criança o aceita de bom grado, costuma bastar.

Existem exceções, que todos conhecemos, mas via de regra é suficiente.

Pode não ser sempre o que desejamos, mas é o bastante.


Nesse particular, pertence à ordem que o filho diga a seus pais: "Eu recebi muito. Sei que é muito, é o bastante. Eu o tomo com amor".

Então ele se sente pleno e rico, seja qual for a situação.

Então ele acrescenta: "o resto, eu mesmo faço". Isto também é um belo pensamento.

Finalmente, o filho ainda pode dizer aos pais: "E agora eu os deixo em paz".

O efeito destas frases vai muito fundo: agora o filho tem seus pais e os pais têm o filho.
Pais e filho estão simultaneamente separados e felizes.

Os pais concluíram sua obra e a criança está livre para viver sua vida, com respeito pelos seus pais mas sem dependência.


Imaginem agora a situação contrária, quando o filho diz aos pais: "O que vocês me deram foi errado e foi muito pouco. Vocês ainda estão me devendo muito".

O que esse filho tem de seus pais? Nada.

E o que têm dele os pais? Igualmente nada.


Esse filho não consegue soltar-se de seus pais.

Sua censura e sua reivindicação o vinculam a eles, mas de uma forma tal que ele não os tem.

Ele se sente vazio, pequeno e fraco.
Esta seria a segunda lei do amor entre filhos e pais.

Bert Hellinger

segunda-feira, 15 de março de 2010

O recheio do bolo...

Justificar
O recheio do bolo....
Bem quero começar este texto discutindo um pouco sobre culinária, mais precisamente sobre uma parte que adoramos: a sobremesa!.

Quero falar em especial de uma sobremesa; o bolo Floresta Negra, cuja origem é cheia de controvérsias, e apesar de todas acredita-se que esteja ligado à Alemanha e a região de uma das mais belas e maiores florestas do país; a Floresta Negra.

Sabendo da sua origem acredito que você já tenha provado deste bolo e se não o fez o Floresta Negra nada mais é do que um bolo de chocolate que cortado ao meio é umedecido com uma calda de cerejas, e recheado com chantilly e cerejas em caldas.


Em seguida ele recebe uma cobertura de chantilly, cerejas e raspas de chocolate.


Este é o Floresta Negra.... com este recheio e esta cobertura.

Mas e se tirássemos o recheio deste bolo
?
, No que ele se transformaria...?

Num simples bolo de chocolate... sim sem recheio; somente um bolo de chocolate.


E o que isto tem a ver com este texto, e o que quero com isto
?


O que isto tem a ver você descobrirá e o que quero é utiliza-lo como uma espécie de metáfora sobre a qual possamos fazer uma reflexão.


Quero refletir com você, sobre quando não aceitamos o todo; será que é possível aceitar a parte...
? Se aceitamos uma parte necessariamente estaremos aceitando o todo.?

Talvez um pouco antes seja possível perguntar, o que exatamente quer dizer aceitar...
?

Será que aceitação e perdão são a mesma coisa
?, e concordar com algo... o que vem a ser isto?

Bem quero começar discutindo um pouco sobre perdão, minha visão sobre o perdão talvez seja um tanto quanto particular, mas entendo que quando alguém perdoa alguém, algo estranho acontece.. Veja; por acaso o que perdoa de alguma forma não se coloca acima daquele que é perdoado.


Será então que o processo do perdão não é um processo onde nos colocamos num nível diferente de alguém...
? E como isto fica para quem perdoa, para quem é perdoado, e sinta como fica para você agora sob este ponto de vista. Reflita.

Bem mas esta questão do perdão quero discuti-la em outro texto, quero voltar agora ao tema aceitação...


Procure nos dicionários e você encontrará algo acerca do aceitar como: tomar algo, entrar em harmonia com algo, reconhecer... e quero agora levar isto para o nosso bolo: o floresta negra..


Se tiramos o recheio o floresta negra vira apenas um bolo de chocolate...

E onde eu quero chegar....
?

Quero aproveitar este texto para falarmos de algo que tenho vivido em muitos dos treinamentos que dirijo: a aceitação dos filhos em relação aos seus pais.


Concordo que alguns pais tenham imposto aos seus filhos, sofrimento e dor. Da mesma forma que qualquer pessoa possa fazer isto conosco, concordo que os pais também os fazem... alguns pelo menos.


E o que tenho visto por parte dos filhos uma dificuldade em aceitar seus pais... em alguns processos uma raiva profunda.


Mas a minha pergunta é: E o recheio... como fica.
?

Quando excluímos uma parte como ficamos....
? Volto agora ao todo e a parte...

Quando excluo tudo, eu excluo tudo, isto é um fato.

Se excluo meus pais, por acaso não excluo uma parte minha também...


Já sei, e nesta etapa que devemos falar um pouco sobre concordar com algo, ou mais precisamente sobre a palavra concordar.


Se procurarmos o significado da palavra concordar cairemos em algo como aceitar, conformar-se, mas a que termo chegamos...

Pense... será possível, que aceitemos algo sem que tenhamos que concordar com este algo.
?

Não temos que necessariamente concordar com algo que aceitamos.

Pense, reflita um pouco.


Talvez se os filhos tomarem os seus pais como eles são sem julgamentos ou preconceitos, e fizerem isto de uma forma muito autentica, apesar de toda dificuldade, não digo que aceitação seja algo fácil.


Desta forma, talvez seja possível que voltemos a ser um belo Floresta Negra ao invés de um simples bolo de chocolate.


Reflita.

J. Carlos Froes

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnaval... um grande exercício...

Carnaval
Neste final de semana de carnaval participei de uma empreitada que eu diria foi das mais inusitadas.

Participar do desfile da Unidos do Peruche.

A escola vinha de um rebaixamento e contava com a participação de todos os componentes da escola na intenção de voltar ao grupo especial.

Dentre os componentes da escola alguém muito querido que passou por alguns de nossos treinamentos e que nos convidou a compor uma das alas da escola, na verdade ele abriu aos treinandos de nossa empresa uma ala toda.

Quero utilizar este espaço e fazer uma relação entre o trabalho da escola e alguns conceitos que tanto trabalhamos em nossos treinamentos.

Disciplina e Hierarquia.

O quanto foi importante a disciplina de todas as pessoas que participaram do desfile.
Uma dos pontos que mais me impressionou foi o quanto todos nós que participávamos da ala tínhamos que aceitar a acatar as ordens que nos eram passadas sem que ao menos soubéssemos a nossa posição na avenida.

Talvez o unico momento em que tivemos um pequeno acesso ao tamanho da escola foi no dia do ensaio técnico no Sambódromo, no restante do tempo nossa atenção e nosso foco se direcionou apenas ao trabalho da ala.

Nosso trabalho maior foi decorar o samba e ensaiar a coreografia.

Em momento nenhum tínhamos idéia das demais fantasias ou a visão de grupo.
Seguimos a risca aquilo que nos foi passado e confiamos em um líder que sequer conhecemos.

Assim como acontece em uma empresa ou em qualquer trabalho de grupo executa-se uma tarefa de forma focada tendo em consideração que esta parte é importante para o conjunto.

A primeira coreografia ensaiada previa alguns passos que foram retirados já no primeiro ensaio técnico. Tudo isto visava proteger o grupo e as pessoas envolvidas.

Quantas vezes em nosso dia a dia as coisas acontecem do mesmo jeito, somos levados a uma tarefa que sabemos ser parte de algo maior sem que ao menos tenhamos a visão do todo.

Tínhamos dois responsáveis pela ala cuja exigência vinha de outros que sequer tínhamos contato.

Tempo
Outro fator que chama a atenção é o rigor com o tempo. A todo momento éramos lembrados do tempo que tínhamos para entrar e sair da Avenida.

Isto certamente nos levou a focar ainda mais no nosso movimento seguindo sempre o comando daqueles que estiveram conosco o tempo todo.

Seguir um líder, ser e estar líder de algo, ensaiar um hino e uma coreografia nos lembraram em muito momentos vividos juntos em outras ocasiões tão especiais quanto esta eu diria.

Que experiência magnífica. Disputamos o nosso lugar, e nos preparamos para a tarefa ( mais um deja' vu).

Os juízes e o julgamento.
O juiz pouco se importa com o quanto foi empenhado para aquele momento, pessoas que vieram de outras cidades, que voltaram de viajem mais cedo, que não estavam bem fisicamente, ou que tiveram qualquer outro problema que as tocasse de alguma forma, nada importava aos juízes.

Eles apenas focavam naquilo que fora combinado, "O combinado não é caro"...

Assim também acontece em nossa vida. Assumimos algo e tomamos uma tarefa, tudo mais que diz respeito a sua execução ou não, não interfere no julgamento ou interessa àquele que julga.

Quem julga, julga segundo aquilo que vê, e que foi combinado anteriormente ou não, e assim da mesma forma vemos isto acontecer em nosso dia a dia.

Tudo que vier a ser dito, algumas vezes serve apenas como justificativa pessoal e nada mais.

Algo mais que podemos refletir.

Responsabilidade e transferência.
Ficou claro também como transferimos ao outro a nossa responsabilidade muitas vezes, e como quase sempre o que o outro faz é apenas cumprir um papel.

Durante a semana que antecedeu os desfiles muitas fatos nos demonstraram como isto acontece e eu quero compartilhar agora com esta visão do todo.

Algumas pessoas ao retirarem suas fantasias não verificaram as mesmas e muitas coisas não saíram como o previsto, faltaram algumas peças, adereços, o tamanho não estava adequado, etc. Algo bem natural...

Mas algumas reações foram interessantes, muitas vezes é como se aqueles que estavam servindo de ponte entre o grupo e a escola tivessem errado de forma proposital.

O que é uma transferência.. quando transferimos ao outro sentimentos, pensamentos, sensações que não os pertencem, mais um ponto com o qual podemos refletir.

Espírito de grupo.
Ao entrarmos na avenida ficou claro o que é o verdadeiro espírito de grupo, onde todos se encontravam nivelados.

Talvez aqui caiba uma reflexão sobre o que é inclusão e exclusão, aquilo que inclui também exclui.

A fantasia faz isto com as pessoas, ao colocarmos uma fantasia igual a nossa em outra pessoa e ficarmos lado a lado... não importa a raça, partido ou credo... somos iguais e nos portamos como iguais.

De que forma aquilo que inclui também exclui, com as fantasias somos aceitos, sentimos que estamos inclusos em algo, porém sem, qual o time, escola, cargo, interessante.

Porque insistimos aqui fora em colocarmos fantasias diferentes nas pessoas, para sermos notados... e o grupo, por acaso não foi notado. Mais um ponto para reflexão...

O resultado...
0,25 (vinte e cinco décimos) este foi no balanço final aquilo que fez a diferença em termos de pontuação do 1o. para o 2o. e o 3o. colocado. Como avaliar tudo isto.

A escola subiu, nós desfilamos, e comprovamos in loco a operação de guerra que é reunir mais de mil pessoas vindas cada um de uma realidade e coloca-las num conjunto harmonioso em um espetaculo onde o todo somente pode ser percebido pelo espectador.

Uma demonstração clara do que é trabalhar com a diversidade e adversidade em favor do todo, que é o resultado final.

Talvez para quem tenha participado tenha sido somente um desfile, mas se pudermos abstrair estes pontos que coloquei aqui e mais um serie de percepções de cada um, um desfile é um grande exercício de liderança e de relacionamento.

União, força, coragem, criatividade, perseverança, superação, comprometimento e uma série de outros temas que foram observados e sentidos... No final... valeu muito....
J. Carlos Froes

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Não existe memória sem emoção...

Não existe memória sem emoção...
Muito interessante o posicionamento do português Antonio Damasio 65, um dos neurocientistas mais renomados da atualidade.

Ele trouxe uma nova luz sobre como a biologia da emoções estão relacionadas com a memória.


Segundo os seus estudos a emoção modula a forma como os dados e os acontecimentos são guardados na memória. Isto fica implícito no que diz respeito à memória para as pessoas e as características relacionadas a elas.


Afirma ainda que grande parte de nossas decisões é tomada de maneira mais ou menos automática e inconsciente. Sendo que este processo é guiado pelo valor que se dá às diversas experiências do passado.


Um exemplo que ele cita é: Se eu conheço uma pessoa que desperta boas emoções em mim, toda vez que eu a encontrar vou reviver uma memória que se divide em dois aspectos: o cognitivo (saber quem é a pessoa) e o emocional (é alguém de quem se gosta).

Tais aspectos guiam a forma como conduzimos a relação com os outros. Não há memória ou tomadas de decisão neutras, sem emoção. Hoje já se sabe até em que regiões do cérebro as emoções são processadas.


Isto se liga à forma como trabalhamos os nossos treinamentos, e o que discutimos a respeito dos padrões de comportamento. Se nossas memórias estão desatualizadas certamente as nossas decisões não serão as melhores.

Ao trabalharmos os processos de forma cognitiva e emocional estamos oferecendo a possibilidade de uma mudança em relação às novas tomadas de decisão. Isto é o que chamamos de ressignificar um fato.


No seu trabalho ele ainda faz uma diferenciação entre a forma como isto acontece conosco e os animais, e a principal distinção esta em nossa capacidade de ter uma autobiografia.


Reconhecemos nossa historia, a familia, os amigos e todos os relacionamentos que tivemos. Determinando assim nossa própria história. Os animais tem isto de forma muito limitada, sem a mesma riqueza de detalhes e abrangência.


Outro fator fundamental é a linguagem pela qual nos comunicamos, que faz um outro serviço importante, o de codificar as memórias não verbais numa forma verbal. Ele ainda destaca que estas características podem expandir enormemente tudo que somos capazes de memorizar.


Em relação à criatividade e a inventividade destaca que a força está na imaginação, que nada mais que a manipulação das imagens, que podem ser visuais, auditivas, táteis ou olfativas.


Essa manipulação esta profundamente relacionada com não só com a forma como a pessoa capta estas imagens mas como ela recupera aquelas que estão guardadas na memória.


Talvez uma parte interessante de seus estudos que nos oferece um grande aprendizado é sobre como a imaginação recupera estas imagens que foram gravadas em circuitos nervosos, onde com a ajuda das emoções foram organizadas de acordo com certas categorias.


Utilizar a emoção para manipular estes registros é uma forma de desenvolver novas soluções. Quero agora relacionar este ponto ao que desenvolvemos em nossos treinamentos especialmente no LT, que é a de oferecer a possibilidade de reorganizar estas memórias de forma diferente.


Em seus estudos é possível afirmar que os neurônios estão organizados em circuitos e comunicam-se por meio de reações eletroquímicas e que o padrão ou o desenho dos circuitos é o que permite a construção de todas as imagens. Isso vale tanto para o que se passa no mundo exterior – visões ou sons, por exemplo – como para imagens interiores, produzidas e transformadas por um estado emocional. São elas que constituem aquilo que chamamos de espírito humano.


Espero que este artigo tenha sido tão interessante a você quanto é para mim. No próximo quero relacionar o trabalho que fazemos com este artigo.

J. Carlos Froes

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Memórias e a Neurociência

Memórias e a Neurociência
Quero continuar nosso estudo sobre a memória, e como somos afetados a partir daquilo que é carregado através dela. No ultimo artigo citei uma reportagem publicada na Veja que fala sobre memória e gostaria de trazer agora duas observações que vem ao encontro daquilo que falamos neste mesmo artigo.
Um posicionamento é o do fisiologista Eric Kandel que recebeu o Prêmio Nobel em 2000 pelo seu trabalho de como a memória é formada e armazenada. Ao longo da entrevista concedida ele discorre sobre a memória e a questão da personalidade, na busca por onde se encontra o Ego, Superego e Id e o que acontece dentro dos neurônios durante o processo de memorização.
Segundo ele a neurociência procura desvendar as habilidades do cérebro humano, e que nesta caminhada ainda temos cerca de 100 anos até que seja possível desvendar totalmente o funcionamento deste órgão tão complexo. Segundo suas pesquisas não há um limite biológico para o volume de quantidade de memórias que o cérebro pode guardar, mas um limite para a quantidade que se pode processar em um determinado período e desta maneira se este limite de processamento é quebrado isto pode interferir na qualidade da codificação que é feita pelo cérebro. E segundo ele sendo assim não há memória.
Mas este pode ser um indicativo de que algumas informações podem estar de certa forma sendo acessadas de forma equivocada. Há ainda uma questão se resposta sobre a consciência, ou seja, para acessar determinadas lembranças precisamos usar a consciência e pouco se sabe sobre a natureza da atenção consciente, além do que é difícil dizer como as memórias sao modificadas ao longo da vida.
Veja ainda sobre a questão terapêutica o que ele tem a dizer:
A psicanálise está ameaçada pelas descobertas da neurociência?
Não. Psicanalistas e psicoterapeutas podem até se beneficiar com isso, mas terão de se adaptar.
Eles precisam se familiarizar com as novidades da neurociência. Já existem, por exemplo, estudiosos analisando imagens cerebrais de pessoas com distúrbios mentais, para detectar possíveis anormalidades e descobrir como elas são revertidas com a psicoterapia.
As evidências, até agora, são muito estimulantes. Obsessão-compulsão, depressão, neuroses com todos esses distúrbios já há estudos mostrando como a psicoterapia ou a psicanálise conseguem reverter, em alguns casos, anomalias cerebrais.
Os resultados são bons quando o terapeuta, além de tentar entender o que motiva o paciente a agir de determinada maneira, passa a incentivá-lo a mudar seu comportamento presente. Ou seja, faz um tratamento mais orientado para o aqui e agora.
Os estudos de neuroimagem mostram que esse é um método bastante eficiente para certos casos. Eric Kandel.
No próximo artigo quero trazer o segundo posicionamento a respeito da memória do português António Damásio, de 65 anos, considerado um dos neurocientistas mais respeitados da atualidade, falando sobre a forma como as emoções estão ligadas à memória.
Até o próximo
J. Carlos Froes

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Os registros estão lá...

Acredito que este artigo possa exemplificar melhor o que disse no ultimo, sobre onde os caminhos do desenvolvimento profissional e pessoal se cruzam. E para isto quero utilizar uma das ultimas edições da Veja, que fala sobre o funcionamento da memória.
De inicio quero me valer de uma metáfora. Imagine um computador pessoal, quando ele é comprado tudo está praticamente virgem, sim praticamente pois para que ele funcione adequadamente alguns testes já vem feitos de fabrica. E no momento em que o adquirimos ai sim nós o personalizamos com os programas que nos são mais importantes porém há algo que é comum a todos o sistema operacional. Todos nós nascemos também com um sistema operacional capaz de executar uma série de operações sem que necessariamente se receba um comando para isto.
Assim nos comportamos também, nosso corpo não precisa de comando para equalizar a temperatura do corpo, tampouco para que lhe diga em quais momentos deve respirar ou piscar os olhos para lubrifica-los e uma serie de outras ações como fazer as trocas necessárias no momento da respiração, ou mesmo quando segregamos algum tipo de hormônio. Certo que alguns podemos controlar, mas normalmente estas ações e movimentos acontecem de forma automática. Assim como um computador então estamos prontos para operações complexas, o hardware (equipamento) e o software básico (sistema operacional) se encontram prontos, basta apenas começar a instalar os demais softwares (programas). Programas para os mais variados fins. E na medida que eles são instalados o computador vai se diferenciando dos demais.
Duvido que encontremos um computador exatamente igual ao outro, tanto em programas quanto em arquivos. E são estes programas e arquivos que além de diferencia-lo farão também com que o seu desempenho seja melhor ou pior se comparado a outros.
Assim também acontece conosco em relação ao conhecimento que retemos e a forma como o aplicamos, isto pensado no caso dos programas. Se os programas são originais o desempenho é um se são piratas o desempenho é outro, da mesma forma conosco, se aquilo que apreendemos foi bem elaborado, um desempenho se mal, outro.
Se faltaram arquivos o programa pode travar o funcionamento do micro, conosco não é diferente, que já não travou algum dia?. No caso dos arquivos podemos fazer uma analogia diferente. Dependendo do arquivo ele pode melhorar o desempenho de outros, ou danifica-los, assim como o computador nós desenvolvemos uma forma de funcionamento.
Os relacionamentos são como chaves com as quais podemos abrir ou fechar o mundo a nossa volta. E como a memória pode interferir neste processo?. Desde o momento da concepção nós registramos os acontecimentos que permeiam a nossa vida. Uns terão um impacto maior que os outros e a forma como este impacto irá atuar na nossa vida dependerá exclusivamente da carga emocional que o acompanhará.
Um exemplo simples, no caso do relacionamento de casal que podemos transferir para o ambiente de trabalho:
Imagine um homem ou uma mulher que tenha tido muitos relacionamentos (dezenas, centenas... sabe-se lá) e o outro com poucos relacionamentos ou quase nenhum, quais as chances deste em relação ao outro?. Pequenas ou quase nenhuma.
Sim pois é como se já viéssemos com uma enciclopédia de possibilidades e o outro com apenas um livrinho. Transfira isto para o ambiente de trabalho, alguém que já tenha tido dezenas de chefes ou supervisores e que receba alguém que venha com novas idéias, esta será sem dúvida uma tarefa muito árdua para quem esta chegando, pois terá de provar algo o tempo todo.
E se imaginássemos um caso de alguém que sofreu um trauma muito grande no passado, não importando qual seja, e que neste momento se encontra numa situação semelhante, o que pode acontecer... Que ele reaja da forma como está acostumado. E se a forma não for a mais adequada para a situação, isto certamente causará um impacto no outro e na pessoa novamente.
Num próximo artigo trarei mais sobre isto mas por hora podemos refletir sobre como o desenvolvimento pessoal é importante para o desenvolvimento pessoal.
Até o próximo.
J. Carlos Froes

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Onde o desenvolvimento pessoal e o profissional se cruzam...

É muito comum que se discuta o desenvolvimento profissional sem levar em consideração o pessoal.
Existem milhares de técnicas que são disseminadas sobre como se portar, vender, atender, liderar, se relacionar com o outro, encantar o cliente, fidelizar, e tantas outras que encheriamos esta página facilmente..
Mas a pergunta que sempre fica é: Primeiro olhamos para o profissional, ou para o homem
? O que tenho percebido em todos estes anos de trabalho, é que normalmente no mercado o que se busca é uma boa técnica, de forma que as pessoas possam apenas executar sem ter que pensar muito. Acredito que esta não seja a receita mais adequada, ou talvez possamos até mesmo contestar as receitas. As receitas são boas quando as situações são repetitivas, mas nos relacionamentos o que podemos determinar como situações repetitivas. Muitas vezes as situações parecem ser repetitivas, mas no fundo elas são apenas referencias de algo já vivido. Não existe uma situação que possa se repetir em toda sua complexidade de detalhes. Sim pois até mesmo numa situação corriqueira, os detalhes mudam completamente, e por conseguinte a situação como um todo. Se tomarmos isto como possibilidade apenas talvez seja possível um teste. Estar mais atento às situações, por mais corriqueiras ou rotineiras que sejam e perceber as mudanças que acontecem de um momento para o outro. Se fizermos deste um exercício constante, atentando não apenas para os detalhes externos mas também para os internos talvez seja mais fácil encontrar outras possibilidades de atuação ou de solução. E o que vem a ser estes detalhes internos; a forma como nos encontramos no exato momento em que uma determinada situação acontece ou se repete. Talvez com esta percepção seja mais fácil adotar uma postura sem que tenhamos que sempre fazer as coisas do mesmo jeito. Rotinas são excelentes para processos técnicos, mas nos processos humanos, que envolvem os relacionamentos as receitas podem ser apenas uma vaga referencia que em alguns casos talvez não tragam os resultados esperados. Aqui é que o desenvolvimento pessoal precede o profissional. Existem inúmeras situações onde as estratégias não nos servem para nada. Minha sugestão é que tenhamos as técnicas, pois sem as referencias fica mais difícil, mas que nunca nos esqueçamos que é possível oferecer mais do que isto. Saber como nascem as técnicas pode ser de extrema utilidade e assim quem sabe utilizar mais as capacidades e potencialidades de cada pessoa seja qual for a situação. Confiar no humano e na sua capacidade de ação e superação.