segunda-feira, 15 de março de 2010

O recheio do bolo...

Justificar
O recheio do bolo....
Bem quero começar este texto discutindo um pouco sobre culinária, mais precisamente sobre uma parte que adoramos: a sobremesa!.

Quero falar em especial de uma sobremesa; o bolo Floresta Negra, cuja origem é cheia de controvérsias, e apesar de todas acredita-se que esteja ligado à Alemanha e a região de uma das mais belas e maiores florestas do país; a Floresta Negra.

Sabendo da sua origem acredito que você já tenha provado deste bolo e se não o fez o Floresta Negra nada mais é do que um bolo de chocolate que cortado ao meio é umedecido com uma calda de cerejas, e recheado com chantilly e cerejas em caldas.


Em seguida ele recebe uma cobertura de chantilly, cerejas e raspas de chocolate.


Este é o Floresta Negra.... com este recheio e esta cobertura.

Mas e se tirássemos o recheio deste bolo
?
, No que ele se transformaria...?

Num simples bolo de chocolate... sim sem recheio; somente um bolo de chocolate.


E o que isto tem a ver com este texto, e o que quero com isto
?


O que isto tem a ver você descobrirá e o que quero é utiliza-lo como uma espécie de metáfora sobre a qual possamos fazer uma reflexão.


Quero refletir com você, sobre quando não aceitamos o todo; será que é possível aceitar a parte...
? Se aceitamos uma parte necessariamente estaremos aceitando o todo.?

Talvez um pouco antes seja possível perguntar, o que exatamente quer dizer aceitar...
?

Será que aceitação e perdão são a mesma coisa
?, e concordar com algo... o que vem a ser isto?

Bem quero começar discutindo um pouco sobre perdão, minha visão sobre o perdão talvez seja um tanto quanto particular, mas entendo que quando alguém perdoa alguém, algo estranho acontece.. Veja; por acaso o que perdoa de alguma forma não se coloca acima daquele que é perdoado.


Será então que o processo do perdão não é um processo onde nos colocamos num nível diferente de alguém...
? E como isto fica para quem perdoa, para quem é perdoado, e sinta como fica para você agora sob este ponto de vista. Reflita.

Bem mas esta questão do perdão quero discuti-la em outro texto, quero voltar agora ao tema aceitação...


Procure nos dicionários e você encontrará algo acerca do aceitar como: tomar algo, entrar em harmonia com algo, reconhecer... e quero agora levar isto para o nosso bolo: o floresta negra..


Se tiramos o recheio o floresta negra vira apenas um bolo de chocolate...

E onde eu quero chegar....
?

Quero aproveitar este texto para falarmos de algo que tenho vivido em muitos dos treinamentos que dirijo: a aceitação dos filhos em relação aos seus pais.


Concordo que alguns pais tenham imposto aos seus filhos, sofrimento e dor. Da mesma forma que qualquer pessoa possa fazer isto conosco, concordo que os pais também os fazem... alguns pelo menos.


E o que tenho visto por parte dos filhos uma dificuldade em aceitar seus pais... em alguns processos uma raiva profunda.


Mas a minha pergunta é: E o recheio... como fica.
?

Quando excluímos uma parte como ficamos....
? Volto agora ao todo e a parte...

Quando excluo tudo, eu excluo tudo, isto é um fato.

Se excluo meus pais, por acaso não excluo uma parte minha também...


Já sei, e nesta etapa que devemos falar um pouco sobre concordar com algo, ou mais precisamente sobre a palavra concordar.


Se procurarmos o significado da palavra concordar cairemos em algo como aceitar, conformar-se, mas a que termo chegamos...

Pense... será possível, que aceitemos algo sem que tenhamos que concordar com este algo.
?

Não temos que necessariamente concordar com algo que aceitamos.

Pense, reflita um pouco.


Talvez se os filhos tomarem os seus pais como eles são sem julgamentos ou preconceitos, e fizerem isto de uma forma muito autentica, apesar de toda dificuldade, não digo que aceitação seja algo fácil.


Desta forma, talvez seja possível que voltemos a ser um belo Floresta Negra ao invés de um simples bolo de chocolate.


Reflita.

J. Carlos Froes

Um comentário:

  1. Froes, acredito que qdo se fala em sentimentos, seja ele qual for: medo raiva, mágoa, decepção...,não exista de fato uma exclusão. Na verdade o recheio do bolo continua ali, provavelmente com sabor desagradável. Apartir do momento, que nos dispormos a olhar sem julgar,ser humano o suficiente para aceitar, tomando somente aquilo que nos foi oferecido com amor,e deixando tudo o que pegamos por conta própria. Enfim... ir além desses sentimentos ruins. Com certeza o sabor desse bolo será muito melhor.
    Bjs.

    ResponderExcluir