sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Em pé de roseira não nasce cravo...


Em pé de roseira não nasce cravo
Este texto me chega às mãos por alguém muito especial...
Ele fala de posições.. e o quanto é importante assumir a nossa posição...

Tenho uma frase que nasce a partir de uma visão sistêmica dentro dos treinamentos que realizo e que já compartilhei varias vezes e entendo que ela cabe perfeitamente aqui:
“Se você ocupar um lugar que não é o seu, você nunca será o outro e tampouco a sombra de quem poderia ser”.

Demonstra também o quanto dói quando reconhecemos que estamos fora do nosso lugar, e contudo nos fica claro o quanto esta percepção pode ser ao mesmo tempo libertadora.

Meu desejo é de que este texto tão claro e ao mesmo tempo tão singelo possa toca-lo como me senti tocado.

Que ele oferece a possibilidade de reflexão sobre um tema tão profundo quanto é este.

Uma boa leitura e obrigado querida Lúcia pelo presente e pela possibilidade de postá-lo aqui em meu blog.

Parabéns pela dedicação no trabalho que vem fazendo de entender e perceber tudo isto.

Minha gratidão e respeito.

José Carlos Froes

Em pé de roseira não nasce cravo
Durante mais de vinte anos procurei ser um bom pai. Tendo como exemplo àquele que me deu a vida e me criou com amor, respeito, responsabilidade e autoridade, busquei desempenhar da melhor forma este papel.

Como um bom pai trabalhei muito para prover minha família em todas as necessidades materiais. Querendo o melhor usei a máscara de seriedade e, às vezes, uma afetividade contida como meios de estabelecer os limites, manter o “respeito”, marcar a autoridade...

“FOI MAL!”

Ficou assim como um sapato apertado, incomodando, calejando, doendo e tirando o foco do essencial...

E como não dava pra parar ia seguindo em frente, buscando nas festinhas de madrugada, checando as companhias e namoricos, me deparando e confrontando com ideias novas e desconfortáveis para meus padrões, tentando um jeito de aceitar sem tanto me impor. 

A difícil arte de educar, e bota dificuldade nisso ainda mais com o “calo” doendo!
Um dia eu finalmente entendi: Em pé de roseira não nasce cravo!
“DEMORÔ NÉ MÃE!”
Eu nasci MÃE, me esforcei para ser pai também, mas não nasci PAI

É assim: pra ser PAI tem que ter algo especial que só vem “de fábrica”, no gene, na alma, na missão...

Então mais do que nunca admiro, respeito e parabenizo os PAIS, a todos que dão vazão aos atributos que lhe são peculiares nesta tarefa tão nobre, a qual não pode ser imitada, nem realizada por qualquer pessoa.

Agora meu “calo” só dói um pouquinho, talvez pelos vícios destes longos anos, mas melhora assim que dou um abraço, ofereço um “colinho”... enfim sou só MÃE.


Maria Lúcia
São Paulo, agosto de 2013.

4 comentários: