Aceitar tudo o mais que nossos pais nos dão
Na verdade, os pais não dão aos filhos apenas a vida.
Eles nos dão também outras coisas: alimentam-nos, educam-nos, cuidam de nós e assim por diante.
Convém à criança que ela tome tudo isso, da forma como o recebe.
Quando a criança o aceita de bom grado, costuma bastar.
Existem exceções, que todos conhecemos, mas via de regra é suficiente.
Pode não ser sempre o que desejamos, mas é o bastante.
Nesse particular, pertence à ordem que o filho diga a seus pais: "Eu recebi muito. Sei que é muito, é o bastante. Eu o tomo com amor".
Então ele se sente pleno e rico, seja qual for a situação.
Então ele acrescenta: "o resto, eu mesmo faço". Isto também é um belo pensamento.
Finalmente, o filho ainda pode dizer aos pais: "E agora eu os deixo em paz".
O efeito destas frases vai muito fundo: agora o filho tem seus pais e os pais têm o filho. Pais e filho estão simultaneamente separados e felizes.
Os pais concluíram sua obra e a criança está livre para viver sua vida, com respeito pelos seus pais mas sem dependência.
Imaginem agora a situação contrária, quando o filho diz aos pais: "O que vocês me deram foi errado e foi muito pouco. Vocês ainda estão me devendo muito".
O que esse filho tem de seus pais? Nada.
E o que têm dele os pais? Igualmente nada.
Esse filho não consegue soltar-se de seus pais.
Sua censura e sua reivindicação o vinculam a eles, mas de uma forma tal que ele não os tem.
Ele se sente vazio, pequeno e fraco. Esta seria a segunda lei do amor entre filhos e pais.
Bert Hellinger
é muito legal ler esse texto e fazer um paralelo com o seu outro texto do bolo floresta negra... acho que tem muito em comum, mas que um completa o outro... rende muito o que pensar!!
ResponderExcluirto achando muito legal esse blog!!
beijos